Criatividade anda se dissipando. Falta de concentração a mil, nenhuma palavra combina com a outra. Queria entender porque até minha confusão mental tem formato de poesia. Porque os textos agora saem todos iguais e você permanece na minha cabeça? As vezes forçar as letras no papel não é bom. As vezes elas não deviam aparecer por aqui. Quando se tem tempo contado pra fazer o que se ama, não se faz tão bem. Se faz forçado, não de modo automático. Minha letra piorou, não é mais redonda. Talvez eu aprenda a usar caixa alta. Talvez a confusão que está aqui dentro vá embora quando as linhas curvas das letras forem embora. Vou jogá-las fora, só pra ver se dá certo.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Senti sua falta no café da manhã. Achei até engraçado o fato de querer o contato com a sua mão quente enquanto você me passa o pote de margarina com aquelas gotículas depois de sair da geladeira que está no degelo. Sinto falta de rir comendo torrada, enquanto você fala suas asneiras habituais sobre o capitalismo e sobre chicletes. Sinto falta do jeito que você beija a minha testa e pega o paletó, enfrentando mais um dia cheio no escritório, e me deixa meio zonza depois de perceber que um beijo na testa não é o suficiente. Ainda sinto o gosto do café na sua boca, e você me joga no sofá. O momento se quebra com uma risada, pra um melhor ainda e depois uma despedida apressada, para que você não mude de idéia e acabe aqui comigo.
Eu sinto sua falta enquanto estou tentando escrever um relatório para o trabalho, mas tudo que vem na cabeça é você. Sinto falta de cada sorriso que você já me deu, e sinto falta dos que você ainda não deu. De repente, vem uma nostalgia incompreensível, e eu me levanto para uma xícara de café. Levo a xícara até os lábios, e sinto o gosto do seu beijo durante a manhã. Lá se vai mais um relatório, porque é simplesmente impossível com você assombrando a minha mente. Lá se vai mais um fôlego, porque ele some ao pensar em você. Lá se vai minha sanidade, que sempre me deixa quando o assunto é o seu sorriso. Mas eu preciso me recompor e aceitar que esse não é o momento próprio para pensar em você.
Mas afinal, que momento seria próprio?
Meu sorriso foi embora junto com você. Choque de realidade. Ver que o mundo não é conto de fadas. Me cansei de falar dos problemas. Queria que tudo fosse realmente um conto de fadas.
Ninguém nunca vai sentir tanta saudade. O coração explode. O sangue jorra. E nós choramos. Caímos. Nos Precipitamos. Sofremos. Amamos.
Vazio
Abro meus olhos e me reviro pela cama. Tateio em busca do seu abraço quente, do seu sorriso claro e dos seus olhos compreensivos.
Nada acho. Procuro mais um pouco, ainda de olhos fechados, sem querer absorver a verdade simples e pura que está no seu lugar da cama: Você cansou.
Cansou. Feriu. Magoou. Deixou. Se foi.
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