Ela se deitou na grama molhada, sabendo que a roupa iria sujar.
Deixou que a chuva molhasse seu rosto, limpando os últimos vestígios de maquiagem que haviam ali.
Chorava junto com a chuva, tentando tirar uma lição daquilo tudo. Não parecia ter lição.
Era só sofrimento. Dor. Angústia. Desapontamento. Tudo junto, numa roda gigante de confusão que girava cada vez mais rápido.
Dor. E o mundo girava novamente.
Sofrimento. E a velocidade aumentava drasticamente.
As lágrimas corriam em outra velocidade também.
Era minha chuva interna, minha chuva de pensamentos e de dor.
Minha tempestade particular. Minha tempestade de idéias estranhas e de imaginação incoerente.
Frases que quando foram ditas pareciam inocentes, mas que agora lhe saltavam á mente, de modo a deixá-la com dor de cabeça.
Principalmente os “Eu te amo”. Eles eram os que mais gostavam de se rebelar. De fazê-la chorar ainda mais.
Só precisava de um lenço e de roupas secas pra por um fim naquilo.
Com o resto, ela podia viver.

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