quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fuga

Ás vezes eu queria calçar um par de tênis, abrir a porta, e correr para o lugar mais longe que eu conseguisse.


Queria não ter que ver muita coisa. Queria não ter que sentir muita coisa.


Quantas lágrimas eu não teria deixado de derramar se eu pudesse simplesmente fechar a porta de casa e pegar um ônibus, pra ir tomar um sorvete? Olhar a vida da maneira mais simples possível.


Queria não precisar escrever tanto. Queria não ter que cometer os mesmos erros outra vez, só como meio de fuga. Queria não me envolver tanto com meus erros.


Queria só me sentar e falar dos meus problemas. Queria rir a toa.


Queria fugir. Queria espantar pássaros na praia e cantar alto, sem medo de ser julgada pela minha voz nada boa.


Queria jogar os braços pro alto e gritar que a vida é bela. Só por fuga mesmo.


Pra tentar acreditar em mim mesma.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Garotos

Eles querem a gente feliz, mas acabam com a gente. Querem tentar por um sorriso no nosso rosto, mas sempre tiram lágrimas dos nossos olhos. Às vezes eu acho que eles só querem diversão.



E são assim até se apaixonarem. Como diz uma música:




“Eu continuo com a minha teoria, todo garoto vai se apaixonar um dia. E quando isso acontecer ele vai ficar preocupado, vai ter que engolir tudo que já tinha falado.”


E quando se apaixonam conseguem ser duas vezes pior. E sofrem com isso, como não sofriam antes.


E aí eles têm que desfazer o que foi feito, têm que correr atrás e fazer tudo pelas garotas.


Garotos são assim. Impressionante.


Não me impressiona que haja tanta lésbica por aí.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Lágrimas

Sinto o gosto salgado delas ao chegarem a minha boca, junto com o desespero que me apavora durante os últimos dias.



Choro mais ainda ao sentir o sal.


Um pouco de chocolate me faz falta. Misturado com sorrisos que nunca mais verei seria ainda mais bem vindo. Gostaria de ter te dito eu te amo pelo menos mais uma vez. Gostaria de ter o teu sorriso junto com o meu chocolate, bem agora.


Eu queria ter feito tanta coisa... Que agora não posso mais fazer.


Não tem como voltar atrás. Aconteceu o que eu temia. Ou ainda nem temia, por ser impossível. Não poderia acontecer com você, que era tão importante.


Eu, sinto sua falta. Mesmo.


Me desculpe por não ter dito eu te amo mais vezes.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Saídas

Ela abriu o notebook e pegou o cappuccino na bancada do café onde estava.
Não conseguia escrever. Apenas olhava a página em branco. Tinha um bloqueio ali.
Bebeu um pouco do cappuccino, ainda em devaneios sobre o porquê do bloqueio. Sujou a blusa nova com chantilly e não percebeu. Só digitou o que vinha na cabeça. Espontâneo.
Saiu espontaneamente. Embora o que saiu tenha sido um lixo, era ela ali, em cada ponto, vírgula, acento e palavra. Era ela.
Ela terminou o cappuccino, deixou uma gorjeta na bancada, fechou o notebook e saiu do café.
Saiu pra vida com a blusa suja de chantilly, depois de uma pequena fuga sobre sonhos e saídas.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sonhos

As vezes, as pessoas te julgam por sonhar.
Que eu saiba, isso nunca, nunca foi proibido.

Os sonhos movem o mundo. A vontade de criar algo o move.
Mas se você sonha alto demais, dizem que a queda é feia. Porque seria?
São sonhos.
Que servem para te preparar para o futuro, sendo ele próximo ou remoto.

Eu poderia gritar a plenos pulmões que sonho.
Eu sonharia em gritar a plenos pulmões que o faço.
E faria. Mais um sonho que se tornaria realidade.

Eu sonho com todas as minhas forças.
Com cada célula do meu corpo, com cada pensamento e gesto.
Eu sonho, por ser o que eu sei fazer de melhor.

E meus sonhos me movem.
Assim como movem o mundo.

E sempre que eu chego perto de um sonho...
É como se tudo fosse possível.

Então, tente fazer o mesmo.

Sonhe. E então corra atrás para fazê-lo se tornar real.